27 de agosto de 2016

Férias vs. Trabalho vs. És feliz?

Dezenas ou talvez centenas de pessoas aqui na Praia, uns turistas outros não, uns que já estão cá à tempo outros que hoje é o primeiro dia. Muito diferentes, porém há uma coisa comum a todos, todos estão aqui para aproveitar as férias, para gastar o dinheiro que foi amealhado durante as longas horas de trabalho.



Será bem gasto? Será que vão poupar algum? Será que compararam preços, qualidades e defeitos, da casa até à toalha de banho? Será que se lembraram que os 150€ que deram por uma única refeição no restaurante que todos falam veio do trabalho de uma semana inteira (admitindo que ganham 600€ por mês)?
Fizeram essas contas?

Provavelmente não, provavelmente pensam que estou a pensar demais, talvez tenham razão, talvez quando for adulta como vós, haja tal como vós, talvez, só o tempo o dirá.
Porém hoje neste exato momento em que estamos todos aqui a conversar e a pensar neste assunto juntos, será que estamos a gastar bem o nosso tempo? Porque é disso mesmo que se trata, tempo gasto a trabalhar versus tempo gasto em férias. Ao primeiro fazemos cara feia e ansiamos o fim do dia, ao segundo abrimos o coração e ansiamos que seja memorando pelo resto dos seguintes 11 meses de trabalho. Porque é disto que se trata, 11 meses a trabalhar no duro para desfrutar de um único! Será justo?
(Isto tudo se tiverem num trabalho com direito a férias e subsídio de férias, o que infelizmente nem sempre acontece... pardais ao ninho, já todos sabem a realidade)


O que é o dinheiro? Tempo!
Ja pensaram? Tempo de vida...


Vive-se um ano, vá 11 meses, à espera das férias, um único mês; vivesse uma vida inteira a trabalhar, à espera da reforma, cada vez mais longínqua, cada vez menor...
É esse o objetivo da vida? Viver à espera de um amanhã melhor? Gastar o dinheiro, melhor, as horas de vida, em um milissegundo que apenas durará naquela fotografia?

Se é esse o objetivo de se ser adulto então eu prefiro não crescer. Prefiro ter a minha mesada de limpar a casa, que me dá aquela goma por dia, assim pelo menos o tempo de espera é sempre só e apenas um dia, é quanto ao trabalho de limpar a casa pode ser feito na maior alegria e descontração de quem ouve música e tagarela letras ao calhas.
Pensando melhor, eu nem nunca fico à espera para ser feliz, eu sou sempre que quero, por isso sou em todos os minutos.

Qual é o objetivo da vida?
Da vida no geral, de todos?
Ser feliz!?

Então para quê esperar, nós temos tanto com que o ser, seja a música do MP3, a voz da locutora da rádio, a novela, a natureza, o ler, o escrever, um telefonema, o conviver... vivemos tão absolutamente absorvidos no trabalho, no stress, no cansaço, que nos esquecemos que bastava uma simples ação, para nos esquecermos de tudo isso.

Por isso, eu vou gritar ao 4 cantos do esférico planeta Terra:
EU SOU FELIZ!
EU SOU FELIZ!
EU SOU FELIZ!
EU SOU FELIZ!

Perceberam? Isto é o que eu decidi ser o meu objetivo de vida, isto é pelo que eu luto a cada milissegundo do dia, e é a pergunta que eu faço todos os dias antes de dormir (e que hoje tenho o prazer de vos fazer em direto para todo o Mundo!)

És FELIZ?
Fizeste tudo o que pudeste hoje para ser FELIZ?


Se a resposta for não, alguma coisa estas a fazer mal, vai ter de mudar e espero que amanhã a resposta seja diferente!
Estou aqui a interceder por vocês, lutem, a vida é demasiado curta e maravilhosa para não se ser feliz.
E... amanhã é um novo dia!

23 de agosto de 2016

Odeio pesadelos!

E se... soubesses que algo de muito grave ia acontecer, mas não soubesses o quê, nem em relação a quem, o que fazias?
Será que podias fazer mesmo algo?
Será que essa informação era assim tão útil?
Ou para que serviria?
Para te preparar? De quê? De um destino que não podias mudar? Afinal, qual era o sentido?


Se pudesses escolher entre saber ou não o dia em que morrias, escolhidas saber? Ou preferirias viver na ignorância sábia da escuridão?


Até à pouco tempo, eu diria que preferia saber, para poder viver ao máximo até esse dia, para poder organizar toda a minha vida e o final dela...

Porém, hoje, já não tenho tantas certezas disso. Afinal, qual era a diferença entre viver intensamente sem saber e viver intensamente a saber... Provavelmente nenhuma e, se a houvesse não seria pior por saber? Um nervosismo, uma angústia à espera daquele dito dia final.

Sinto a cabeça a balançar de água prestes a ser jorrada pelas fendas dos meus olhos...
Parece que estou num filme de terror, em que se sabe que vai acontecer algo, mas ninguém sabe bem o quê! Odeio filmes de terror, tanto como odeio pesadelos.

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E agora a verdadeira pergunta impõem-se será que sou eu que estou a fazer disto um filme, não passando isto de um simples pesadelo?
À quem acredite que os sonhos têm outros aspetos por trás, terão?
Não sei, hoje parece que não tenho respostas, nem certezas de nada...


(nem se deva publicar este post...
vai assim, desculpem sei que o conteúdo não é o melhor.)

21 de agosto de 2016

Quando estás feliz os outros vêem? E quando estás triste também?

Bem, mais uma vez vou falar apenas e só da minha experiência, pelo que se não for igual à vossa sintam-se à vontade para partilhar.

Respondendo à pergunta inicial, depende, e à seguinte, depende também.
Esta é a resposta que ninguém nunca gosta, era muito mais fácil dizer sim ou não! Porém, o ser humano é muito complexo, muito mais do que até a minha imaginação possa pensar ou alcançar!

Parece-me que quem nota a felicidade também nota a tristeza e, o oposto também penso ser verdade. A não ser que se trate de um dia em que o outro está com a cabeça na lua, e aí talvez sejamos nós que não vemos o sentimento dele: medo, nervosismo, ansiedade, angústia, frustração, tristeza...


Quem não nota uma coisa nem a outra? Não é nosso amigo, não gosta de nós, não nos liga nenhuma?
Se a evidência da tristeza/alegria for grande, provavelmente vou ter que dizer que sim, que talvez estejamos a contar com a pessoa errada.
No entanto, caso não sejamos assim tão expressivos, então provavelmente também é natural, por um lado, a correria em que todos vivemos o dia-a-dia tornasse difícil reparar em pequenos detalhes, ainda que das pessoas mais importantes, por outro, nem todos são muito atentos, nem todos têm isso na sua própria personalidade, nesse caso talvez a expressão não verbal não chegue, talvez seja preciso uma palavrinha mais diferente do comum para acorda-lo para o nosso sentimento. (Quem diz uma, diz duas, ou uma frase inteira).

Portanto: depende!
Por um lado, depende de nós e o quanto estamos felizes/tristes (se é que é possível quantificar tal coisa!), por outro depende do outro, de como ele está, dos seus próprios problemas e angústias, da sua personalidade (mais ou menos atenta, mais ou menos ligada aos outros) e depois também do tempo a que nos conhecemos!

Dando agora o meu exemplo, sou muito expressiva (demasiado translúcida até) o que torna o trabalho dos outros mais fácil, até desconhecidos. O que às vezes também não me agrada, podia haver coisas que eu quisesse guardar mais para mim, por outro é o que me tem salvo no meio de tudo o que quero resolver e das rotineiras inundações de pensamentos. Vendo de outro ângulo, tenho amigas que são verdadeiras rochas, parece que nada se passa, e só escavando bem fundo é que chegamos lá, o que mais uma vez pode ser bom ou mau.

Assim como a natureza é inexplicável, também o Homem o é,
por mais que queiramos nega-lo, por mais palavras que digamos ou criemos!

No entanto à algo mais em que são parecidos... na beleza do seu próprio ser!
O importante é nunca nos esquecermos que não temos de carregar o mundo às costas, à quem queira partilhar isso connosco!
Por outro lado, nem todos são iguais a nós, nem todos são atentos, nem todos gostam de nós, nem todos querem conversar, nem todos reagem da mesma maneira à mesma situação.

Portanto mais uma vez... lamento imenso, mas... depende!


Não sei se este post foi esclarecedor e importante ou cliché e não passou de conversa fiada.
Caso queiram, convido-vos a dizerem de 0 a 5 o quanto gostaram (0 - sem nada relevante ; 5 - muito importante)

20 de agosto de 2016

Carta de amor - AMOR PRÓPRIO!

Passeio no autocarro em que outrora esperava encontrar-te, mais tarde acabariamos a combinar mesmo isso e, depois, ainda houve a altura em que sonhava com o teu rosto, porém quando o via... escondia-me, o meu estômago roncava um grito mudo e o meu rosto, esse corava com o sangue de todo um corpo frio.

Tenho noção que ainda não estou curada de todo o teu amor, mas essa palavra "amor" está agora no passado, um passado magnífico, diria mesmo de sonho, mas que ao passado pertence.


Vesti a minha melhor roupa, usei um pouco de maquiagem e o perfume que mais gosto, foi o suficiente para sair de casa confiante...

Agora penso com clareza, no quão sortudo tu foste em me ter ao teu lado, eu uma jovem mulher deslumbrante, que sabe ouvir, esperar e respeitar o outro, uma mulher com sonhos, objetivos, mas também com os pés bem assentes no chão de gravilha que lhe queima e adormece os pés, esses mesmos pés que seguem o caminho que ela quer, que ela decide, porque com o espírito indomável é difícil ser outro a decidir o que ela faz.


Fria como a neve, linda como a paisagem...
Eu sou linda.
Eu sou maravilhosa.
Eu tenho um coração de ouro.
Eu sou lutadora.
Eu sou trabalhadora e também voluntária.
Eu sou tudo isto e ainda bem que me reencontrei, naquele mesmo autocarro em que me perdi à tempos...

Julguei não o ser durante muito tempo, mas estava enganada, agora percebo!


Sim, eu tive sorte em te conhecer e em estar contigo, mas acredita tu não tiveste menos sorte! Foi esta a conclusão - mais que óbvia - que eu tirei hoje, já viste, demorou mas cheguei lá. Sempre chego, por vezes, uns minutos atrasada, outras uns meses, mas chego e desta vez não foi exceção.
Não vou ser radical em nenhum aspeto da vida amorosa, nem tudo nem nada, mas deixo um aviso à próxima urtiga que se faça passar por príncipe: eu vou ter os olhos mais abertos. E se voltar a cair garanto "a queda não vai ser tão grande!" e aprendizagem mais rápida.

Já em relação a ti... não haverá cavalo, nem castelo que te valha, porque o meu coração voltou a ser de pedra fria tal como quando me conheceste.
Adeus, até um dia quem sabe em outra paragem de autocarros e felicidades, toma conta de ti, e delas também, ainda têm muito que aprender contigo.
Continua, cresce e sê o grande Homem que eu sempre acreditei e acredito que te tornes.

Goodbye my friend.