26 de julho de 2016

Fénix



Sempre me lembro desde pequena de fazer este símbolo com as mão, no meu peito do lado do coração, só há pouco tempo soube que tinha um nome, e o seu significado.
Fazia-o porque me fazia lembrar um pássaro, com os polegares a fazerem de corpo e os restantes dedos a fazer de asas, asas essas com as quais eu sabia que podia contar para me proteger, para proteger o meu coração e fazer-me voar até ao alto de todos os meus sonhos. Assim, quando a noite chegava, a tristeza ateava fogo ao meu coração e as lágrimas tentavam apaga-lo, eu cruzava as mãos para o proteger e apagar todo o medo que havia, sentia o bombear do meu coração acelerado "bombom, bombom, bombom". Conforme me concentrava nos seus batimentos, a esperança renascia para um dia melhor, para que o próximo dia fosse melhor, esperança no dia de amanhã, sempre com esperança fui avançando pelos caminhos da vida.


Hoje descobri, Fénix: a ave que renasce das cinzas; a ave com uma força tremenda; a ave capaz de se transformar em fogo; a ave que é o símbolo da imortalidade e do renascimento espiritual.

Sem saber fui esta ave durante a minha vida até este momento, agora serei esta mesma ave, com a única diferença de que sei o seu nome.


Fénix será agora também meu nome, assim quando a vida estiver a tentar trocar-me as voltas, ou as pedras a tentarem fazer-me tropeçar, eu vou lembrar-me de onde venho... cruzar as mãos junto ao peito, proteger o meu coração das tempestades, voar bem alto rumo aos meus objetivos e aí tornar-me o fogo, serei a força que dominará o meu mundo. Caso nada disso aconteça, então vou renascer das cinzas desse mesmo fogo e voltar a tentar, até quando? Até conseguir o que mais quero na vida, ser feliz!

Ser feliz, não é para isso que vivemos?
Não é para isso que acordamos todos os dias?
Não é para isso que trabalhamos todos os dias?
Então, que nunca em momento algum nos esquecemos disso, disso e do Fénix que há em nós.

Não se esqueçam: Todos podemos ser Fenix!

Há dias... em que pensamos que nada faz sentido.

Sejam as dores que passamos, as angústias ou os momentos de aperto, parece que tudo podia ser mais fácil. Como eu sempre me lembro de pensar: "Nunca ninguém disse que viver era fácil, mas porquê que tem de ser tão difícil assim."




Caímos, dia após dia, seja por doença, pelo fim do namoro ou pelo próprio despedimento, choramos, berramos e pensamos "Porquê a mim?", mas esquecemos-nos de todas as pessoas que fazem exatamente essa mesma pergunta todos os dias, talvez até no mesmo segundo que nós...
Esquecemos também das angústias dos outros, muitas vezes piores do que as nossas, esquecemos e menosprezamos as doenças e problemas do outro, afinal não somos nós quem os sente, então para quê pensar nisso agora? Esquecemos os milagres que estão a acontecer neste preciso momento, em que nós estamos em baixo, os animais que foram salvos, as crianças que estão a nascer, o atentado que fez menos vítimas do que era de esperar, os prémios que o nosso país esta a ganhar, ou até mesmo aquela nossa vizinha que venceu o cancro... No entanto, mais uma vez, para quê pensar nisso agora? Novamente, não é connosco, bom para eles, agora e daí?

Agora, vou ser eu a dizer: Pensem, por favor, peço-te pensa!
Pensa no mal que está a acontecer à tua volta, mas também em todos os milagres, pensa no teu vizinho, tanto como pensas em ti próprio, pensa nos outros com o carinho, amor e humanidade, de que é descrita a raça humana.
Nós somos humanos, por isso comporta-te como tal. Isto não é um simples conselho, é um pedido que me vem desde o fundo do meu coração até ao teu, um pedido que vem com um "por favor", um pedido que não se trata de algo com o qual eu quero beneficiar, mas sim com o qual eu gostava que todos beneficiássemos, principalmente tu próprio que estas a ler isto (e a pensar que louca sou eu, sim, admito, talvez seja, mas estou preocupada contigo).
Acredita, se pensares em tudo o que de mal e de bom está a acontecer neste preciso momento, talvez as tuas lágrimas não parem de correr talvez a tua dor não cesse, mas provavelmente vai tornasse menos dolorosa, mais fácil de aguentar, talvez ainda dure alguns dias, meses, ou anos, mas nesse tempo não estiveste só preocupado contigo mesmo, com o teu umbigo, conseguiste olhar além isso, conseguiste ver além da tua dor, sentir a dor e felicidade de outros, nesse tempo aprendeste, cresceste.


Não vou mentir: nem sempre será fácil fazeres isso, nem sempre vais conseguir, nem sempre isso vai melhorar o teu dia.

Não vai ser fácil, porque estamos formatados (cada vez mais) para olhar por nós próprios, só e exclusivamente, não vai melhorar sempre o teu dia, porque se o fizeres bem feito, se sentires a dor do outro como sendo tua, bem... vais acabar por sofrer como ele sofre... vais começar a rever o porquê de te preocupares tanto com os outros, pensar que não o devias fazer porque estas a fazer mal a ti próprio, mas depois lembra-te do porquê de o fazeres, lembra-te que quando ele se levanta, quando ganha, não é só ele quem ganha, porque a batalha não foi só dele, a dor não foi vivida apenas por um, mas sim partilhada por dois.

Eu sei é utópico, fantasia de uma criança ingénua, sim é verdade, é como eu sou, admito. Porém, talvez se eu te disser que gostava de continuar a pensar assim para o resto da vida, talvez se eu te disser que tenho orgulho em quem me torno dia após dia, talvez se eu te disser que os que me conhecem têm orgulho em mim, talvez se eu te disser que aprendo muito com a dor dos outros e as vitórias deles. Talvez (só talvez) nesse caso te faça pensar, talvez quem sabe penses que a criança mesmo imatura e ingénua pode ter alguns sonhos interessantes...

E caso nenhum desses "talvez" se realizou, bem então talvez seja eu quem está enganada e, nesse caso, peço desculpa.



Talvez tenha errado, por querer que vejas o mundo, em vez da formiga que és.



Esta é única e exclusivamente a minha visão da vida, não és obrigado a concordar, nem a discordar, no entanto se tiveres comentários ficaria muito feliz por conhecê-los, estarei sempre faminta de conhecimento, de pontos de vista diferentes, de aprendizagens.

20 de julho de 2016

Sou Portuguesa para a Vida e para a Morte!



"Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar!
Contra os canhões
marchar, marchar!"



Sim, sou Portuguesa e não consigo esconder o orgulho que sinto por tal.
Não o escondo quando batalha após batalha ganhamos, conquistas e mais conquistas, conquistamos metade do mundo ou mais ainda, descobrimos países, descobrimos culturas, partilhamos a nossa e todos os nossos sonhos, quisemos que fizessem parte deles e nós dos deles. Ensinamos a nossa língua, a mais bonita do mundo (sou suspeita...) é a 5ª língua mais falada no mundo.
Somos emotivos, lutadores e conquistadores, somos o povo que nem sempre dá tudo o que tem, a quem dá tudo por ele, mas quando os tambores se erguem, o hino toca, e a bandeira voa, nesse momento estejamos nós onde estivermos, sabemos, tudo aquilo é para nós, aquilo é nosso, é uma parte de nós e nós fazemos parte daquilo!

Somos tão pequenos que facilmente seriamos esquecidos, mas em vez disso reerguemos-nos a cada derrota, lutamos e perdemos, voltamos a lutar na esperança de um dia vencer. Se esse dia estará para breve ou nunca existirá, nós não o sabemos, mas lutamos, lutamos com todas as nossas forças por um Portugal melhor.

Se numa palavra me pedissem para descrever Portugal, diria "ESPERANÇA"
Se numa palavra me pedissem para me descrever a mim própria, diria "SONHADORA"

Por isso, que sejamos todos assim... esperançosos em todos os sonhos que temos, para que poucos nos escapem, para que um dia não sejamos nós a orgulharmo-nos de Portugal, mas Portugal a orgulhar-se de nós.
Quando falo de Portugal, não me refiro só ao Povo, mas também a esta Terra: aos seus costumes e tradições; ao convívio; ao sabor dos pastos verdejantes; o calor dos incêndios no verão; o cheiro a terra molhada; o sabor salgado do mar (onde contamos às crianças que mergulhamos o bacalhau); do cheiro das sardinhas nas ruas; do sol, que embora nasça para todos, neste cantinho do mundo brilha com mais intensidade; da chuva e do vento; dos animais e das plantas. Quando me refiro a Portugal refiro-me a tudo o que ele foi, é ou será, a tudo o que nestes meros 92.212 km² existe, e além deles também, porque infelizmente os tempos são de crise (quer dizer, nunca percebi se houveram outros sem o ser), os emigrantes são cada vez mais, os imigrantes também, infelizmente ou felizmente, não sei, cabe a cada um decidir, para mim só preferia que essas escolhas tivessem outros motivos para além da crise... Não desviando do assunto, Portugal é tudo e todos em que nele queiram pertencer e se sintam nele.
O Povo, se é importante? Obviamente que sim, é graças a ele que outros conhecem estas terras, é graças a ele que evoluímos, por vezes teimoso e antiquado (eu admito), mas é ele quem faz os avanços na medicina, na ciência, na educação, na politica, na vida de quem cá vive e na vida de quem já adotou este país como segunda casa.
Obrigada a todos, Portugueses de Portugal, Portugueses do mundo e Portugueses de coração!
Obrigada aos que leram e continuam a acompanhar o meu cantinho de desabafo.

Como em bom português se diz: "Somos poucos, mas bons!"

Obviamente, esta imaginação toda para o post não surgiu do nada, por isso deixo-vos um pedaço do meu País e possivelmente também do vosso:
15 Razões para visitar Portugal
Conhecer Lisboa (um dos muitos recantos magníficos do País)


19 de julho de 2016

Erros... (Entre a noite e o dia, a vida e a morte)

Agora, com mais calma, consigo refletir sobre o que aconteceu à umas horas atrás...

Gosto de olhar o mundo com esperança, esperança nos outros e em mim própria, gosto de pensar que todos cometemos erros (bem, na verdade é isso mesmo que acontece, não é?), gosto de pensar que temos a capacidade de os admitir e, gosto ainda mais de pensar que conseguimos superá-los, diminuir os estragos e prevenir novos erros...

Isto é o que eu gosto de pensar, parece-me bem, certo e real. Agora, vamos à minha verdadeira realidade: sim, cometo erros; sim, consigo admiti-los na grande maioria das vezes; consigo diminuir os estragos, também na grande maioria das vezes; porém levo muito tempo a supera-los; levando ainda mais tempo (quando, outras vezes, nem sequer acontece) a aprender com eles.
Pode ser difícil admitir que erramos, pedir desculpas, mas para mim essa não é a parte mais difícil do processo, a parte mais difícil, acontece a tempo de caracol e no local mais longínquo do no nosso corpo. Naquele lugar magnifico em que se criam projetos, mas também se destroem erros, esse lugar não é de fácil acesso, nem é facilmente visitado, na verdade talvez seja pela solidão em que se sente que por vezes chora, quando o amanhecer cai, outros dormem e apenas se ouve lá longe o barulhos dos animais, o ladrar dos cães dos vizinhos, o miar dos gatos abandonados. Também eu nessas noites me sinto abandonada, também eu ladro ao som dos soluços, entre as golfadas de ar que respiro e o mar salgado que dos meus olhos sai.
Quase me afogo, sendo então nesse desespero que acordo.

Acordo... e abano, com todas as minhas forças, esse lugar longínquo que é a minha mente. Peço-lhe: "Pára! Pára e concentra-te naquilo em que és verdadeiramente boa, naquilo para que foste criada, para pensar, para criar projetos e destruir erros do passado, que lá devem jazer. Pára de te concentrar no erro, e percebe antes o que te fez cometê-lo, para que numa próxima altura te possas redimir a ti própria! Simplesmente, vai buscar essas forças do além (que ambas sabemos que tens) concentra-te, pára e pensa!"


Acordei... tudo não passou de um sonho, era bom que tudo fosse assim, tão fácil, mas porque não pode ser, porque não poderá ser um dia?


Não sei se será ou não, não sei se este é o método, ou existe sequer método, mas a vida tem me feito acreditar numa coisa: O tempo, pode não curar, mas ajuda a sarar as feridas, e as cicatrizes que não nos matam tornam-nos mais fortes.


O caminho da vida só tu podes definir, mas carregar bagagens pesadas do passado, talvez não seja uma boa técnica...

10 de julho de 2016

PORTUGAL!!!

Para falar a verdade venho falar de um tema que até não estou muito por dentro, por isso caso cometa algum erro, não tenham medo de o denunciar, nos comentários, ficarei agradecida!

Hoje joga a seleção portuguesa de futebol, em Paris, na final contra a França.
Como portuguesa que sou, não podia deixar de me sentir orgulhosa, porém ao contrário do que possam pensar não é disso que vos venho falar. Nem disso, nem dos avanços e recuos que a nossa seleção teve este ano. 


Estou muito feliz hoje, não porque Portugal possa vir a ganhar, mas porque Portugal já ganhou!

Sabem quantos atletas nós temos o privilégio de ter nos Jogos Olímpicos este ano?
Não são 11, nem 23...
São 91 atletas, em 15 modalidades... o que ultrapassa o registo de há quatro anos, em que Portugal teve 76 atletas em competição, divididos em 13 modalidades.
Consigo ver daqui a vossa surpresa: Então, mas não havia só futebol?
Ora aí está, talvez exista mais desporto do que apenas o futebol, talvez existam mais atletas do que apenas os 11 ou 23 como tanto gostam de referir, mais atletas a representar Portugal, o país que amam, o país que eu amo, e talvez (só talvez, nós nos esqueçamos deles por vezes).
Vou mais longe ainda, talvez existam mais desportos em que somos melhores ainda do que no futebol! Não acreditam? Então expliquem-me uma coisa: como é que hoje duas atletas nossas subiram a um pódio, um único, o pódio da meia-maratona feminina?


Parabéns Sara Moreira e Jéssica Augusto!
Parabéns pelo Ouro e Bronze, respetivamente.



Parabéns Rui Costa pelo 2º lugar na 9ª etapa da Volta a França!



Obrigado por representarem este nosso magnifico país!
Vocês são os maiores!


Só mais uma pergunta, quantos portugueses estavam aí a apoiar-vos hoje?

É que sabem, está previsto que no estádio de França, hoje, estejam no mínimo 8 mil portugueses.
O povo português tem muitas virtudes, mas talvez também tenha alguns defeitos (digo eu, que percebo pouco ou nada do assunto), talvez esteja na altura de os assumir e lutar para minimiza-los.

Aceitam o desafio?

Então, lutemos e apoiaremos todos os desportos que este ano têm os nossos atletas a representar esta magnifica nação:

• BADMINTON - Pedro Martins; Telma Santos
• CANOAGEM - Fernando Pimenta; Teresa Portela, 
• CICLISMO - André Cardoso; José Mendes; Nelson Oliveira; Rui Costa; Nelson Oliveira; David Rosa; Tiago Ferreira
• EQUESTRE - Luciana Diniz 
• FUTEBOL
• GINÁSTICA - Filipa Martins; Gustavo Simões; Ana Rente; Diogo Abreu
• JUDO - Joana Ramos; Telma Monteiro; Sergiu Oleinic; Nuno Saraiva; Célio Dias; Jorge Fonseca 
• NATAÇÃO - Diogo Carvalho; Alexis Santos; Victoria Kaminskayan; Tamila Holub; Vânia Neves
• TAEKWONDO - Rui Bragança
• TÉNIS - João Sousa; Gastão Elias
• TÉNIS DE MESA - Fu Yu; Shao Jieni; Marcos Freitas; Tiago Apolónia; João Monteiro 
• TIRO
• TRIATLO - João Pereira; João Silva; Miguel Arraiolos
• VELA - Jorge Lima; José Costa; Gustavo Lima; Sara Carmo; João Rodrigues
• ATLETISMO - Ana Cabecinha, Inês Henriques, Daniela Cardoso, com Vera Santos como suplente; Sara Moreira, Dulce Félix e Jéssica Augusto, com Filomena Costa como suplente.

Como disse pouco sei sobre o assunto que vos trouxe hoje, é apenas aquilo que vejo e consegui ir apurando na Internet, por isso não levem muito a peito as críticas e, se as quiserem levar a sério então que sirva para que todos nós possamos aprender com os nossos erros! Eu incluída, porque também sou humana, também sou portuguesa e também erro, lamento não ter visto todas as vossas prestações até agora, tendo visto todos os jogos da nossa seleção, mas acreditem estou orgulhosa de todos vós, quer os que ganharam, quer os que não ganharam, quer os que já participaram, quer os que ainda não, quer os que conseguiram ser apurados, quer os que por pouco não o foram.


Continuem a sonhar, continuem a lutar, continuem a representar-nos, que nós continuaremos a agradecer-vos a boa glória que trazem para este país pequenino, mas de tão boa linhagem.
Que a vida vos sorria, e a felicidade esteja sempre convosco!
Genuinamente, OBRIGADA!

PORTUGAL! PORTUGAL! PORTUGAL! PORTUGAL! PORTUGAL! PORTUGAL!

9 de julho de 2016

Odeio compras!

Quando eu me tiver esquecido, lembre-me do quanto: Odeio compras!

Só a simples ideia de ficar fechada numa loja a ver e rever roupa, camisolas, camisas, tops, calças, calções, saias, saias compridas, saias curtas, saias até ao joelho, saias largas, saias rodadas, saias justas, oh sim, odeio mesmo!

Depois, há várias cores, vários padrões, vários decotes, várias mangas, vários tamanhos (que nós nunca sabemos qual é o nosso, porque muda de loja para loja).
Quando pedimos ajuda, cuidado, pensem bem se aquilo é uma camisola ou um top ou uma t-shirt, porque caso errem a senhora vai olhar-vos com ar de quem diz "os meus pêsames" e se forem com uma amiga, não contem que a situação melhore! Ainda vai ser pior, vai atirar-vos isso à cara até ao resto das vossas vidas, ou com sorte esquecesse porque encontrou aquele vestido que era o indicado para aquela festa e até estava em promoção (antes era 20€ agora está a 19€). Ela até tem uns 40 vestidos no armário, mas aquele era tão baratinho... agora só falta os sapatos, claro, ah e não te esqueças dos brincos e do colar quer dizer fio, ou colar, quer dizer, sei lá! Mas, quem é que me explica a diferença!?

Falando agora da música, odeio, é horrível, nogenta e, quando há uma que nós até gostamos das duas uma: ou acaba e a outra estraga tudo; ou somos arrastadas pela nossa amiga para outra loja, porque aquela "não tem nada de jeito"; ou das duas, as duas!

E os cheiros? Ó mama mia! Eu já levo o meu perfume de casa, aquele que eu gosto, não preciso de ficar com o de cada loja, certo?

Já para não falar da forma como vão vestidas, cuidado, têm de estar impecáveis e segundo os padrões desta estação e daquela loja! Este definitivamente é um dos motivos que me causa mais comichão, porque uma pessoa vai a qualquer lado, não planeou ir às compras, só que afinal até precisa, mas tem uma roupa menos na moda e trás mil malas às costas e... vamos entrar assim? (Acreditem, já tive situações em que me olharam de alto a baixo, não é propriamente agradável...)


Então, já saímos e agora? Vamos comer um gelado?
O quê, nem penses esqueceste-te que me falta o verniz?
Oh... não, voltamos ao mesmo! Porquê, porquê eu, porquê tanta coisa, não podíamos ir simplesmente de pijama?



Por favor, digam-me que não sou a única rapariga no mundo que não gosta de compras!
E sim, eu ainda estou a pensar no tal gelado, não percebes eu só fui por causa do gelado
(damm... como é que me apanhaste outra vez nas compras)!

20 anos = 0 Responsabilidades?

Tenho 20 anos e pensava que não tinha nenhuma responsabilidade, quer dizer vivo com os meus pais, eles pagam-me tudo, saio quando quero, nada de encargos, nem contas para pagar...

Foi então que dei por mim numa praia a ir com um miúdo à água (porque quis obviamente) mas então sinto-me responsável por ele e que não aconteça nada de mal enquanto está comigo, mais tarde quero que todos ponham creme protetor várias vezes, aviso bem, venho no carro e estou responsável pelas pessoas que levo, pela segurança de todos eles, chego a casa e tenho a obrigação de ir desfazer as malas (responsabilidade minha, de senso moral, e não propriamente por ir ouvir ralhetes dos meus pais).
Então, sento-me para jantar e é isto que penso, o meu mini-dia de férias, teve obrigaçoes, mas também foi muito bom... é engraçado como as responsabilidades nos vão chegando às mãos em certas alturas da vida e nós vamos aceitando-as sem sequer nos darmos conta disso.
Agora, será que já não sou livre?
Claro que sou, e claro que serei toda a minha vida, mesmo com mais obrigaçoes, mas aceitando as responsabilidades, às quais eu própria me proponho a aceitar!

É fantástico perceber que afinal até tenho deveres (para além da escola, obviamente), mas que entraram na minha vida tão lentamente que eu estou de bem com eles e (se não for abusar muito) até não me estou a sair nada mal, parece fácil!
Entretanto já me esqueci da novela que não vi, do filme que passou na tv, do livro que queria desesperadamente ler...
Estou a tornar me adulta! No final, talvez não vá ser a adulta que sonhava, super atualizada de tudo e a saber tudo, mas talvez consiga saber o máximo que quero sobre o que entretanto me pareceu mais importante.

Uau... é isto que é ser adulto? Bem, talvez ainda não, mas sim, definitivamente, penso que este é o princípio.
Concordam? Já pensaram nas coisas assim?

Comentem :)


Portugal!

Bem, vou comer, aliás voltar a aquecer o comer, que comida fria não tem graça nenhuma!
Porém negar um momento de inspiração, nunca pode acontecer, não é verdade?

3 de julho de 2016

Ouvi baterem à porta

"Toc, Toc", eras tu, querias entrar de novo, porém desta vez eu disse "Não".
Não, não, não... ainda oiço o eco na minha mente...

Entrares de novo na minha vida, assim?
Sem mais nem menos, sem explicações, nem remorsos?
Não, desta vez não! Fiz pausa na minha vida amorosa, estou em obras, ainda em reconstrução depois de todos os estilhaços que tu deixaste por aqui caídos. Estou bem, não te preocupes, estou feliz, a tratar de mim, do que quero, da mulher forte, responsável e destemida que quero ser quando for grande.
Quando tudo estiver organizado, catalogado e arruado nas devidas gavetas, aí talvez tenha tempo para ti, ou para outro alguém, não sei. Sei apenas que é cedo demais para isso.

"Não, não, não..." sim, admito, dói ouvir o eco da minha própria voz, mas doía mais dizer o que não devo, dizer o que não estou preparada para dizer, dizer o que me faria cair de novo nas tuas garras, prende-me a ti ou a outro alguém sem ainda me ter conhecido o suficiente. Sim, eu ainda não me conheço, estranho talvez, mas não conheço mesmo: não conheço a rapariga que vivia para ti, nem aquela que sofreu e derramou oceanos salgados de lágrimas e, muito menos aquela que se ergueu cheia de força e garra. De onde veio essa força? Eu não sou forte, nunca fui! Ou então talvez seja, talvez me esteja a tornar... nesse caso, há ainda mais motivos para ficar sozinha: tornar-me forte, resistente a trovões e trovoadas, resistente aos ventos do sul e às marés do norte, resistente a ti e a tudo o resto, que me quer deitar abaixo.

Talvez a rapariga de vidro, se esteja a tornar na mulher de diamante, linda por fora e forte por dentro.

O que sei é que agora não dá, estou ocupada a tornar-me no diamante mais belo que alguma vez foi visto.



Ok, eu sei o que estas a pensar, passar de vidro a diamante talvez seja uma mudança demasiado grande, demasiado idealista, por isso talvez seja apenas um rubi? Que lindo rubi seria!