26 de junho de 2016

É com o maior orgulho que digo que sou a favor das praxes!



Experiência enquanto bicho e caloira:



É com o maior orgulho que fui praxada, é com o maior orgulho que estive lá todos aqueles dias, é com o maior orgulho que digo que marcaram a minha vida, é com o maior orgulho que os conheci e ainda mais me orgulho do que sinto por fazerem parte da minha vida.

À coisas que precisam de ser ditas, porque se se podem dizer todas as coisas más das praxes, então também não nos podemos esquecer de enaltecer as boas, as excelentes!

No primeiro dia, estava com tanto medo do que me podiam fazer que mal conseguia dormir, passou o primeiro dia e pensei "Bem, hoje não foi mal, mas pode vir a ser...", passou o segundo e "... tudo ainda pode acontecer", e ao fim da primeira semana só vos posso dizer que já tinha percebido que aquela seria para sempre memorada como uma das melhores semanas da minha vida... ainda o penso hoje, com a única alteração de houveram mais alguns dias que serão para sempre parte de mim, e garanto-vos que parte da maioria daqueles caloiros!


Obviamente que só posso falar das praxes em que estive inserida e nada poderei, nem quero, dizer sobre outras, mas as minhas praxes foram uma das melhores coisas que já me aconteceram.

Eu bem sei que podemos conhecer os outros doutores e os outros caloiros mesmo sendo anti-praxe, eu bem sei que é possível e à quem o prefira. Porém, garanto-vos que no meu caso, em especifico, se por medo o tivesse feito, seria o maior erro da minha vida!

Lembrem-se nunca nada é perfeito na vida! Por isso não se fiem só nas noticias trágicas das praxes, não se fiem só no que pessoas anti-praxes (que nunca o tentaram), confiem em quem passou pela experiência, que no meu caso não foi apenas boa, foi fantástica.


Se houveram coisas menos boas?

Sim, claro que sim, mas não haverá sempre? O importante é que hoje, já nem nessas consigo pensar, porque o saldo final foi tão positivo que tende para mais infinito!




Experiência enquanto Doutora:


O que é isto? Tantas coisas para organizar! Os jogos, os locais, os transportes, as compras, o dinheiro... Pânico no início, felicidade no final!

Nunca pensei que fosse tão difícil ser Doutor mas, no fundo, adorei, adorei ver-vos chegar com medo, ver-vos crescer, desafiar-nos e outras vezes temer-nos. Não imaginam o quando eu rir das vossas figuras, das vossas respostas, ou caras, enquanto vocês mantinham os olhos no chão e, mal tinham a coragem de os levantar, eu voltava a gritar "Olhos no chão, caloiro!". Não me podiam ver a sorrir sequer, isso perderia toda a piada das praxes!

Foi com orgulho que vos praxei, nem sempre foi fácil, sabem, às vezes nem mesmo nós estamos de acordo uns com os outros, temos opiniões diferentes, tipos de praxe diferentes e queríamos tanto que vocês gostassem que muitas vezes discutimos, chatevamosnos, mas no final, acho que até não correu mal de todo, pelo menos foi o que vocês me disseram no outro dia.
Se vocês gostaram, então eu não poderia ter gostado mais acreditem! Foi fantástico ser vossa Doutora!
Quando for a vossa vez de praxar, acreditem no que vos digo é duro, é duro aceitar opiniões de outras pessoas, é duro que os caloiros não vos respeitem e vocês fiquem sem saber o que mais fazer, é duro calçar aqueles sapatos, que realmente devem ter sido feitos à vários séculos atrás, época em que nem a moda era o forte, nem o conforto... No entanto, no final do ano, quando os vossos caloiros disserem que gostaram, ou adoraram, quando vos derem presentes só porque sim, só porque gostam de vocês, nessa altura acreditem todo o esforço foi recompensado e só vão ter pena de não poder voltar àquela primeira semana.

Agora, atenção, não se esqueçam as amizades que se criam podem ser para a vida inteira, ou apenas para o ano de praxes, tudo depende do adubo que lhes vão dando ao longo dos tempos.


Dependendo do código de praxe de cada Faculdade pode haver outras ordens para a colocação dos emblemas, esta é a geral.



Futuros alunos de 1º Ano de Faculdade:

Sejam felizes, com ou sem praxe, procurem conhecer-se uns aos outros, fazer amizades duradouras, amizades verdadeiras, que durem mais do que um ano.
Procurem o divertimento, a partilha, as experiências novas, os estudos, as conquistas... a felicidade!


Por isso, quando Setembro chegar, vão! Enfrentem os vossos medos e sigam com a vossa vida, procurem o futuro brilhante que esta reservado para todos vocês, para todos nós!

A vida académica é desgastante, mas acreditem é maravilhosa!

Obviamente, que isto não é um apelo à utilização de drogas ou qualquer outra coisa prejudicial à saúde,
é apenas e só uma metáfora!


Caso sofram algum tipo de violência, ou sejam forçados a fazer alguma coisa lembrem-se, isso não é praxe, é desrespeito à vossa integridade, por isso comuniquem às autoridades competentes através do email: PRAXESABUSIVAS@MEC.GOV.PT

25 de junho de 2016

Tarólogas e Tarólogos de todo o mundo...

É verdade que eu não não morro de amores por esta ciência que, como algumas pessoas dizem é uma ciência abstrata. Não vejo utilidade, nem fundo de verdade, apenas uma forma de atirar areia para olhos de pessoas desesperadas e tirar-lhes muitas das vezes o pouco do dinheiro que elas têm, mas respeito-a, quero e faço um esforço para a respeitar, assim como respeito tudo o resto e exijo me respeitem. Trata-se não de uma questão de gosto ou cortesia, mas de respeito pela opinião e crenças de cada um, vivemos numa sociedade livre por isso têm o direito de acreditar nela, assim como eu tenho o direito de não acreditar. Posso ainda dizer, que para mim a única coisa boa destes programas é quando dão força e positivismo para seguir em frente às pessoas que estão a ouvir e a consultar.


Agora, não me atirem areia para os olhos!
Isto que aconteceu na televisão portuguesa, não é, nem pode ser esquecido!

Para os que não sabem do que falo aqui ficam as ligações:
1º bronca - da taróloga Carla
Pedido de desculpas da Taróloga Carla


A meu ver esta situação foi deplorável, dizer a uma mulher vítima de violência doméstica, para dar amor ao seu marido, para ser uma mãe para ele?
"quando damos amor, recebemos amor, quando damos violência recebemos violência (...)
corte na violência, mime-o para isto não piorar!" 

Dizer para falar com a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) não? Para procurar ajuda, não?


Minha senhora você sabe destes números?
Não serão alarmantes?



Já para não falar do pedido de desculpas que não me convenceu em nenhum dos segundos, quer seja pelas palavras não sentidas, como na expressão facial que não me disse absolutamente nada, quer por tudo o resto!
Bem, pelo que parece acertei em cheio, li agora "a taróloga afirma ainda que foi "obrigada" a ler um comunicado no programa Grande Tarde de 4 de junho"
Enfim, esta taróloga ao que parece foi dispensada, não posso deixar de ficar feliz por isso, não o nego, mas já agora mude de profissão também, se não for pedir muito!

Entretanto, fui pesquisar mais sobre este tema e encontrei estas preciosidades:
Taróloga Maya insulta e intimida ouvinte em direto
Maria Helena em "A Vida nas Cartas - O Dilema"



Não me vou pronunciar mais, penso que o meu ponto de vista já foi bem explicito, quero apenas que pensem no que acabaram de ouvir, ver e ler, e tirem as vossas conclusões e caso as queiram partilhar comigo, comentem! Já sabem que eu adoro as vossas intervenções!

19 de junho de 2016

Refugiados

Primeiro, tenho de dizer que o que sei sobre este tema é simplesmente o que um cidadão normal sabe e consegue aprofundar através dos media ou Internet, pelo que se cometer algum erro ou imprecisão, não me crucifiquem, apenas me ensinem. Estamos cá para aprender uns com os outros! Informo também que alguns dados não são muito atuais, porém foram os mais atuais que consegui obter.






"Portugal vai receber cerca de 3000 refugiados, em vez dos 1500 que inicialmente estava previsto."
http://www.jornaldenegocios.pt/economia/europa/detalhe/portugal_podera_receber_cerca_de_3000_refugiados.html

Como portuguesa que sou e sabendo dos problemas económicos do meu país, não fiquei assim muito satisfeita com a notícia. É certo que pensei "Pois vêm para cá, receber o dinheiro do estado, dos impostos que nós pagamos"; "Não querem fazer nenhum"; "Deviam era de ter ficado todos nos países deles".
Confesso aqui e agora os meus pecados! É certo, não fui muito simpática, nem amável e cometi um erro a meu ver gravíssimo falar/pensar sobre algo que não sabia nem tinha procurado saber. Então a consciência do meu erro bateu à porta e decidi fazer isso mesmo: pesquisar, aprender!
Assim sendo, vou expor aqui o que pesquisei com as hiperligações necessárias para que também vocês possam aprender mais sobre este assunto e depois, dar a minha opinião final, que pode continuar a não ser a mais informada, mas que é certamente mais real do que a que tinha antes de fazer esta pesquisa.
Se ainda assim não concordarem com ela, ou este texto tenha algum erro, existe uma coisa que são "comentários" e estão no final dos posts, agradeço mais uma vez que os utilizem.



O que é o UNHCR?
http://www.unhcr.org/pages/49da0e466.html
https://treaties.un.org/pages/ShowMTDSGDetails.aspx?src=UNTSONLINE&tabid=2&mtdsg_no=V-5&chapter=5&lang=en#Participants
Convenção de 1951 relativa ao estatuto dos refugiados

O UNHCR é o United Nations High Commissioner for Refugees (ou Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados - ACNUR), foi criada à 65 anos (1951) e, tem como objetivo garantir que todas as pessoas têm o direito de procurar proteção e um local seguro para viver depois de terem fugido ou serem forçados a abandonar o seu país por guerra, violência, perseguição ou desastre. Pretendendo assim garantir os direitos e o bem-estar dos refugiados de todo o mundo.
Em 1951, na Convenção de Refugiados 144 estados assinaram um documento que define o termo "refugiado" e descreve os direitos dos deslocados, bem como as obrigações legais dos estados para protegê-los. Atualmente, fazem parte deste programa cerca de 150 países, como por exemplo, Estados Unidos da América (desde 1.Nov.1968), França (desde 3.Feb.1971), Brasil (desde 7.Apr.1972), Portugal (desde 13.Jul.1976) e Espanha (desde 14.Aug.1978).



Significado de Refugiado:
http://www.cidadevirtual.pt/acnur/un&ref/who/whois.htm

De acordo com a Convenção Relativa ao Estatuto de Refugiado, um refugiado é uma pessoa que "receando com razão ser perseguida em virtude da sua raça, religião, nacionalidade, filiação em certo grupo social ou das suas opiniões políticas, se encontre fora do país de que tem nacionalidade e não possa ou, em virtude daquele receio, não queira pedir proteção daquele país..."
As pessoas são devidamente analisadas pelo UNHCR e no caso de terem cometido um crime não poderão ser considerados refugiados.


Direitos dos Refugiados:
http://www.cidadevirtual.pt/acnur/un&ref/who/whois.htm#rights
http://www.unhcr.org/admin/sts/528e40bf9/questions-answers-request-proposal-rfp2013565-provision-global-donation.html?query=donation
Para doações: https://donate.unhcr.org/int-en/general

Os Refugiados têm os direitos civis básicos, incluindo a liberdade de pensamento, a liberdade de deslocação e a não sujeição a tortura e a tratamentos degradantes. Os direitos económicos, sociais e médicos devem ser iguais aos dos outros indivíduos. Os adultos devem ainda ter direito a trabalhar e todas as crianças à escolaridade básica. 
Quando os países de acolhimento não consigam oferecer todos os direitos, estes podem ser restringidos e o ACNUR tenta proporciona assistência aos refugiados que não possam satisfazer as suas necessidades básicas.
O ACNUR desenvolve todos os esforços para assegurar que os refugiados se possam tornar auto-suficientes tão rapidamente quanto possível, o que pode requerer actividades convencionais geradoras de rendimentos ou projectos de formação profissional.
A assistência pode ser dada sob a forma de donativos (de todo o tipo), dados de 2003 revelam que o número total de doadores foi cerca de 10.000 doações, variando de 500 a 3000 por mês, tendo havido um grande crescimento de 2002 para 2003.



Obrigações dos Refugiados:
http://www.unhcr.org/protection/travaux/4ca34be29/refugee-convention-1951-travaux-preparatoires-analysed-commentary-dr-paul.html?query=refugee%20rights

Os Refugiados têm a obrigação de se sujeitar às leis do seu país de acolhimento, sendo tratados e vistos segundo a lei como os outros indivíduos desse país.


Dados estatísticos:



Passemos agora à parte Humana da questão:

Temos dois lados, por um lado as pessoas destes países em guerra, pessoas desesperadas, à beira do colapso psicológico e físico, não sabem o que fazer ou como agir, estão embrulhados numa guerra da qual não pertencem, nem pediram. Apenas querem um sitio calmo e envolto em paz, para fazer a sua vida. Já não querem saber sequer do seu país, porque não o têm! Quem é que pode considerar seu um pais em que só existe guerra e violência, um país em que se pode morrer a qualquer momento? Eu não consideraria... (mas isso sou eu)

Por outro lado, temos as pessoas dos países de acolhimento, deste lado temos os que concordam e aceitam a vinda de refugiados para o seu país, porque compreendem a situação difícil por que essas pessoas estão a passar e querem ajudar e ser solidários. No outro extremo, temos os que são completamente contra, porque consideram que: os postos de trabalho vão diminuir; esses refugiados podem trazer mais violência e criminalidade; têm medo que aumente o número de sem-abrigos; que as suas contribuições fiscais sejam usadas a ajudar os refugiados e não a melhorar as condições de vida dos portugueses; têm o pensamento de "primeiro nós, depois os outros". No meio, temos os indecisos, os que não se pronunciam, ou os que concordam com um bocadinho de cada parte.



Agora eu! A minha opinião já mais elaborada e um pouco mais informada.

Eu sei que o desemprego em Portugal é alto, o salário mínimo dos mais baixos da Europa, existem muitos sem-abrigos e, sim, também há muita criminalidade, mas será justo para alguém que só por ter nascido em outro sitio do mundo tenha de morrer, porque nesse mesmo sitio, pessoas antes dela criaram guerra, atentados, terrorismo?
Para já e acreditando que tudo corre segundo a lei, nenhum refugiado é um criminoso, pelo que não existem razões para temê-lo, nem temer aquilo que ele possa fazer no nosso país, vem apenas e só à procura de ajuda.

Agora, será justo, que nós mesmo não tendo muito, mas sabendo que os podemos ajudar, os deixemos lá (deixando também lá a nossa humanidade)? Eu sei, não podemos mudar o mundo, não podemos ajudar todos, mas será que não podemos e devemos ajudar alguns?

Se o governo português considera que temos capacidade para ajudar esta quantidade de refugiados, porque não acreditamos nele? Foi escolhido e votado por nós - não se esqueçam - houveram eleições, nós escolhemos os representantes do nosso país, então isso significa que acreditamos que eles têm a sabedoria para o governar.
Assim sendo, penso que temos de confiar neles não vos parece? Contudo, caso alguma coisa corra mal, ou menos bem, não os culpem só a eles está bem? Temos de admitir que às vezes também temos culpas no cartório, e se fomos nós que os elegemos...

Continuando, somos seres humanos! O que significa isso afinal? Não é que temos a capacidade de pensar?
Então pensem, imaginem como era se em vez de terem nascido em Portugal tivessem nascido lá! Imaginem:


O som das bombas a rebentarem ao longe, uma atrás da outra, os vossos familiares a ficarem caídos no chão, a morrerem um por um, a vossa casa destruída, num dos mil incêndios desse dia, o vosso filho a chorar de medo e a querer a mãe, mãe essa que morreu à minutos com uma bala na cabeça nas vossas mãos... e agora?
O que fazem? Não sabem, estão aterrorizados, o barulho ensurdece-vos os ouvidos e a única coisa que conseguem ouvir são os berros do vosso filho, a dizer "AJUDA-ME", mas é tarde, mais uma bomba foi atirada, e vocês vêm os olhos dele, já não estão cá, neste mundo, foram à procura dos da mãe, vão para gritar por ele, por ajud...



Era este o vosso sonho de vida... quer dizer... morte?

O meu não, por isso sim, eu aceito-vos, refugiados, pessoas sem teto e quase sem vida, com histórias dolorosas na mente, e imagens aterrorizadoras na memória, eu aceito-vos e quero muito aprender convosco.
Aprender a lutar como vós!
Apoio-vos e apoio ainda mais todos os programas que vissem acabar com a guerra! Talvez quem sabe um dia não precisemos mais de vos aceitar, porque conseguimos que o vosso lar, fosse mesmo um verdadeiro lar, conseguimos fazer o milagre de acabar com a guerra... mas que milagre seria!




Outros links:
https://www.youtube.com/watch?v=eAnSleYYBdI
https://www.youtube.com/watch?v=Zgo0m36STD0
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/09/150904_graficos_imigracao_europa_rm
https://www.facebook.com/HumanOFilme/timeline

Este é um documentário sobre nós, sobre Humanos, aconselho mesmo a verem é... Humano!
HUMAN the movie - legendado

18 de junho de 2016

Não chores... LUTA!!

Hoje tive mais um dos meus muitos momentos de stress...

Fiquei preocupada e por momentos tive vontade de chorar, borrar-me a chorar como se o mundo fosse uma merda e eu estivesse num buraco gigante prestes a ser tapada pela bosta de cavalo daquela porcaria de disciplina que me estava entalada na garganta...


Foi mais ou menos isso que pensei e, foi mais ou menos a constatação da estupidez do meu pensamento que me fez parar para pensar!


Pensar em quê? Que sou estúpida que nem uma porta, não, a sério. Ia borrar-me a chorar só porque a disciplina é difícil? A sério?

Tenho sempre essas crises e consigo sempre passar a cadeiras tão difíceis e com uma boa média, para que tem servido a choradeira?

Por amor de Deus está na altura de ser um bocadinho mais inteligente não te parece? Gastar tempo a chorar só para aliviar a dor, o cansaço? Poupa-me! Já nem tu acreditas nisso!
Chorar até agora não te tem feito passar a nenhuma cadeira, ou estarei enganada! Por isso deixa-te de merdas que só te deixam ainda pior e faz alguma coisa de realmente útil para passar a porcaria da cadeira! Tens estudado muito? Oh coitadinha! Bebê café que isso passa o medricas!
Aprende a ser adulta mas é, enfrenta os problemas luta pelo que queres e deixa-te de merdas!


Diverte-te, estuda, dorme, bebe café, faz o pino, faz o que quiseres, só não choramingues como se tivesses uma vida horrível e tudo te corresse mal, sê a mulher forte que sempre sonhasse ser.

Luta para a ser!
Luta por ti!
Pelo teu futuro, a tua vida!
Sê feliz!

15 de junho de 2016

Observa-me, vejo a curiosidade estampada nos seus olhos

Observa-me, vejo a curiosidade estampada nos seus olhos, todos as curvas e contracurvas do seu rosto estão atentas, há um certo brilho e iluminação nas da sua expressão, há algo em mim que a seduz, atrai para um mundo de curiosidade sem fim, engraçado como nem consegue disfarçar.

Não sabe o que estou a ouvir, nem a escrever, mas é esta última que a mais intriga, calcula provavelmente que seja uma mensagem para um namorado ou para uma amiga. Mal sabe ela que estas palavras vão parar à Internet e que é com elas que eu estou a tentar mudar mentalidades, quer dizer, mudar o mundo!

Talvez um dia, até as veja no meu blog, mas nem sonhará que era aquela miúda miudinha do autocarro que as estava a escrever e, que são sobre ela própria. Engraçado, não é? A imaginação pode surgir do nada e desafiar tudo! Mais um dos motivos porque gosto de escrever anonimamente, é que assim ninguém é influenciado por nada mais do que apenas as minhas palavras. Apenas por aquilo que penso, aquilo que escrevo (seja isso bom ou mau, é quem eu sou).

A propósito, a música que estava a ouvir era esta: Passenger - Let her go (estava a passar na rádio)

Já que estamos numa de confissões, confesso também que não tenho capacidade para escrever posts todos os dias... é que parece que à dias em que não me apetece escrever nada, não tenho tema, não tenho imaginação e as palavras fogem-me, dançam e fazem troça de mim. Felizmente, hoje não é um desses dias, quer dizer já é o segundo post que escrevo! Provavelmente não um dos melhores, eu sei, mas eu precisava mesmo de fazer esta confissão.

Agora tenho de ir, estou a trabalhar num outro que dá mais trabalho do que o habitual e tem muitos pormenores que não quero deixar escapar.

Já agora, vocês não sentem que podiam ter escrito mais alguma coisa, aquela frase que se lembram e encaixava perfeitamente, mas já tinham publicado o post? É que esta sempre a acontecer-me, mesmo lendo o texto 20 vezes :)




Já agora, as fotografias e imagens também não são minhas!


Profissionais de saúde vs. "Você já me está a dar trabalho demais"

Num hospital, um enfermeiro diz para um utente "Você já me está a dar trabalho demais".

Não me importa se era hospital público ou privado, se era enfermeiro ou enfermeira, se o utente estava mal disposto ou contente, nem sequer me importa a classe profissional que aqui é descrita, a enfermagem.

O que importa são todos os casos que acontecem diariamente e mancham toda a comunidade de profissionais de saúde.

Quer sejam expostos pelos media, pelo nosso vizinho do lado ou o da frente, ou pela nossa querida mãe que como sabemos, sabe sempre tudo. É sabido que por um, pagão os outros, e bons profissionais podem ser intitulados como maus, por causa da fama de seus colegas. Isso importa-me, assim como (e sobretudo) o desrespeito pelos outros, mas que humanidade é esta?

Sei que pode ser cliché estarmos a falar de um assunto tão badalado, mas não pode ser cliché o desrespeito pelo ser humano, eu não sou mais do que tu, por estar a escrever, nem tu és mais do que eu por seres médico, advogado ou político.

Reforço mais uma vez a minha opinião, todos com o trabalho que escolhem são importantes para manter a sociedade equilibrada, desde o Banqueiro ao Polícia, passando pelo Homem do Lixo, a Professora, o Enfermeiro ou o Mecânico, Todos! (letra grande e a negrito para vê se entra nessas cabeças ocas, que só tem um espaço para a placa "Vende-se")
Quem não perceber isso, então eu aconselho a fazer uma reflexão sobre como seria a sua vida sem eles... sim, isto é para ti, que estas aí a dizer que o Homem do Lixo, não é importante. Diz-me que farias da tua vida sem este profissional? Acho a conclusão óbvia, mas se ainda não a entendeste então convido-te a dizeres-me isso aqui nos comentários, estou aberta a todas as opiniões, como sempre.


(Voltando ao tema de abertura deste post)


Uma pessoa que está no hospital, é de calcular que esteja doente e provavelmente mal disposta e carrancuda, certo?

E daí?
O que fazer?
Trata-la mal, só porque sim?
Só porque nós não estamos num dia bom?
Sim, definitivamente isso seria o mais fácil, mas seria o mais justo, o mais humano?

Penso que não... Para mim tenho várias regras quando se trata de trabalho e uma delas que se adequa a este caso e principalmente a todos as classes de trabalho: quando se entra a porta do local para dentro quem éramos enquanto pessoas e vida pessoal ficam do lado de fora. Eu sei, é muito utópica, nem sempre possível, nem sempre realista, nem sempre possível, mas não valerá a pena tentar?

Eu tento todos os dias, mas sobretudo quando estou com os meus utentes, eles não tem a culpa dos erros da minha vida! Além disso eu tenho uma missão, ajuda-los, convém não fazer o oposto.


Lei dos profissionais de saúde:
"Primorio no priorar"


Honrem a vossa profissão e sobretudo vos mesmos que a escolheram!
Queremos um mundo melhor? Então lutemos juntos por ele!
Eu estou dentro! Mais alguém?

12 de junho de 2016

Tenho uma proposta para ti...


Hoje vamos esquecer tudo?




Hoje, esquece tudo o que te fez deixar-me, e eu esqueço estes meses de inverno sem ti.
Hoje, esquece o trabalho e a família, esquece os amigos e os colegas, que eu também esqueço.
Hoje, esquece as noites que dormiste sem mim e eu esqueço as noites que adormeci a chorar por ti.
Hoje, esquece o tempo, e o espaço que me pediste e vem ser meu, só por umas horas, só por um dia...

Amor, tenho tantas saudades tuas, tantas... à dias em que é fácil não pensar em ti, em nós, mas hoje, decididamente, não é um deles. As saudades estão a inundar-me os olhos, e quando dou por mim já estou no meio de mil lenços de papel.

Por isso, despe o pijama (eu sei que estás de pijama), vestem aquela camisa que sabes que eu gosto, mete aquele teu perfume (tu sabes, aquele que me deixa louca, quer dizer, ainda mais), faz a barba e vem, sabes onde eu moro, vem cá, abraça-me, diz-me que tudo não passou de um erro e que és meu de novo!
Diz-me, que me amas, como outrora dizias, diz-me que sentiste a minha falta, que não houve um dia em que não pensasses em mim e eu dir-te-ei o mesmo de ti, e será igualmente verdade. Diz-me aquilo que eu quero ouvir e diz sobretudo que essa é a verdade, que agora não me mentes, nunca mais me vais mentir!
Eu sei o que sentes, não podes ter deixado de me amar do dia para a noite. Eu já tentei, mais de mil e uma vezes, e mais de mil e uma vezes falhei...

Amor, acaba com esta dor no meu peito e vem ter comigo, vamos ser só nós dois, eu e tu, para sempre. Só depende de ti! És só tu quem eu quero, mesmo quando digo que não, mesmo quando me mostro feliz e linda nas fotos no face, é tudo para que tu tenhas saudades minhas, que me mandes aquela mensagem que nunca chegou, nunca. Bem, se calhar o meu plano é mau, e tenho de mudar de estratégia... mas, afinal é preciso uma estratégia para dizer que se ama, que se tem saudades?

Já não percebo nada disto do amor, acho que nunca percebi.
Quando pensava que percebia, tu deixas-te-me, sozinha e infeliz, voltei o foco para outro lado, concentrei-me em tudo menos em ti, esforcei-me para te esquecer, mas em qualquer palavra, em qualquer sorriso, em qualquer música tu sempre apareceste, indomável como o nosso amor.

Não sei o que mais diga...
É óbvio que te quero a meu lado, assim como sempre quis, assim como é óbvio que estou magoada, mas e daí, que conclusão tirar desta minha brilhante conclusão?


Que te amo?
Que estou a sofrer?
Que tenho saudades?

Sim, sim e sim, e daí?
O que vai mudar?
O que vais fazer para mudar?

Vamos ser felizes só por saber disso ou vamos fazer alguma coisa para mudar isso?


Amor, a rosa ainda está viva? Eu sei que sim, assegurei-me disso. Então já sabes o que isso significa!


Beijos amor, dorme bem meu anjo.

11 de junho de 2016

"Há coisas que não podemos mudar. Não podemos mudar o mundo, tu sabes..."


Ultimamente andam a partir pessoas demais... pessoas que estavam cá bem, que ainda tinham muito que fazer aqui... não sei se sou eu que começo a conhecer mais pessoas, se a apegar-me mais, não sei... só sei que tu devias de ainda estar aqui.

Sei que o teu trabalho ainda não estava concluído, a tua mulher e a tua pequenote precisam de ti, e agora? Que vai ser deles? Partiste cedo demais, sem aviso nem recado, eu fiquei destruída e mal te conhecia, agora eles... eles nem imagino como estejam, e o pior é que também não sei o que fazer para os ajudar. Gostava de os ajudar, ajudar quem tu deixaste cá, mas a imaginação tende a fugir-me nestas alturas, as ideias atraiçoam-me, a mente esvazias e entro num nevoeiro negro de angústias.

Fico sem saber o rumo a seguir, sem objetivos, sem chão... A minha mãe em jeito de consolação diz "Há coisas que não podemos mudar. Não podemos mudar o mundo, tu sabes..." Sim, eu sei há coisas que acontecem inexplicavelmente e que não podemos mudar, a morte é uma delas, mas... Não podemos mudar o mundo? A sério mãe, mas... isso era só o que eu queria! Era só isso, e dizes-me que não o posso fazer, não consigo? Porquê? Se é só o que eu quero!

Eu digo-te, a ti e a todos, o que queria: acabar com a fome; acabar com a guerra; acabar com a corrupção; acabar com a violência doméstica; acabar com o preconceito; acabar com a tristeza; acabar com as mortes por acidentes; e a lista contínua...
Contudo, bastava-me conseguir apenas um objetivo desta lista, bastava-me um para ser feliz, bastava-me um para morrer em paz, aos 20 anos se assim o fosse, acredita! Não precisava de mais nada, filhos, casamento, emprego, nada!

Eu sei, tu tens razão, eu sei, eu quero sempre ajudar tudo e todos, eu sei, tu também eras assim, eu sei, tu agora tens os pés bem assentes no chão, eu sei, eu sou demasiado sonhadora demasiado nova, eu sei, ainda vou sofrer muito por causa disso, eu sei, o mundo não é tão bonito como eu gosto de o pintar, eu sei, vou cair, estrelar-me no chão, tal como tu, e mesmo assim, eu sei, não vou aprender... Desculpa mãe, não aprender com os teus erros, nem com os meus... mas acredita por mais que sofra, por mais que caia, eu vou levantar-me e serei sempre feliz, por acreditar que posso fazer algo melhor do que apenas ficar a olhar para este mundo.

Sim, eu vou sempre acreditar que posso mudar o mundo!

Desculpa mãe, sei que tu é que estas certa, mas esta, está é a minha natureza.
Sei que irei sofrer, mas não foi este o caminho que eu escolhi, foi ele que me escolheu a mim, quem sabe talvez tenha uma mínima chance de mudar um milionésimo do mundo! Mas se há essa possibilidade, eu não a vou deixar escapar, vou lutar até ao fim para consegui-la. Ainda assim... caso não a consiga, morrerei a lutar pelo que acreditava, por isso morrerei realizada, por ter feito tudo o que podia, tudo o que de melhor sabia, morrerei a lutar pelos que já me pisaram, humilharam, enxovalharam, mas que agora precisão e eu, a pobre e ingénua Fiona, irá a correr para os amparar!

Eu sei, sou estúpida, ingénua e parva, mas... que posso eu fazer?

Sou assim, não é defeito é feitio, às vezes defeito outras virtude, mas é como eu sou e não o posso negar, nem hoje, nem nunca!




Hoje deixo-vos um video muito especial:
"Martin Luther King? Aquele homem nunca teve um sonho, o sonho é que o tinha!"

TODO MUNDO MORRE, MAS NEM TODO MUNDO VIVE

9 de junho de 2016

Uma carta para ti... AVÓ!



A morte de alguém nunca será para mim só mais uma! É um momento em que relembro os meus familiares que já partiram, a saudade que sinto deles e um momento em que vem ao de cima o meu maior arrependimento e também aquele do qual eu já não posso fazer nada.

Minha avó, mãe do meu pai, foste para mim uma outra mãe, foste para a minha mãe mais que uma mãe e a única coisa que eu disse quando foste embora, foi a maior estupidez que podia ter dito, aliás a maior estupidez que direi na vida "A minha avó morreu, mas ela também só me dava enxoval no Natal! Melhor assim!"

Eu tento me desculpar pelo facto de ser pequena quando tudo isto aconteceu, mas nestes momentos... o arrependimento ataca-me por trás, atraiçoa-me e fico desarmada, porque já nem eu acredito nessa desculpa!

Só queria que soubesses que me enganei, tu, deste-me muito mais do que enxoval, trouxeste ao mundo uma das pessoas mais importantes da minha vida, o meu pai, ajudaste-o e ajudaste a minha mãe, criaste-me e à minha irmã, deste a tua vida pela nossa família deste tudo por nós e a única coisa que eu te posso dizer é "Obrigada!"



Por tudo o que fizeste por mim e eu não dei na altura o devido valor
"Obrigada e desculpa!".


Eu bem sei, irei arrepender-me para o resto da vida, e no final dos meus dias, só espero encontrar-te e contar-te todas as coisas maravilhosas que me aconteceram graças a ti! Desculpa avó, pelas minhas estúpidas e infelizes palavras, e... obrigada!

Quantas e quantas vezes mais me vão perguntar pelos meos avós, quantas e quantas vezes mais eu vou ter de dizer "já não tenho nenhum" e, de entre todas essas vezes, quantas delas eu me vou lembrar de ti e só de ti? Todas, muito provavelmente... tu não foste só minha avó, tu foste o estereótipo de avó que toda a gente quer, que eu queria agora a meu lado, mas agora é tarde...
Relembro-te com alegria, a alegria de te ter conhecido, mas quando penso no tão pouco tempo tive para o fazer, no quão pouco me lembro de ti, fico triste. Triste, mas não infeliz, muito pelo contrário, pelo menos a ti tive o prazer de conhecer, o que não aconteceu com os avôs como bem sabes. Tenho tanta pena, a minha mãe conta-me coisas incríveis deles...

Não sei se sabes, eu não sou muito crente, não acredito em Deus, nem na vida depois da morte, nem em milagres, nem em nada disso... lamento, sei que deves ficar triste com isso, mas sou uma mulher da ciência e é tão difícil para mim acreditar nisso... Porém também tenho de confessar, às vezes caio na tentação de que gostava de poder estar enganada, gostava muito, não para ir para o céu, não para poder continuar a "viver", mas para te ver só mais uma vez, abraçar-te forte, contar tudo o que perdeste e, agradecer-te, foste a única e verdadeira avó que conheci e tenho boas recordações.

Quando ouço alguém com o teu nome, é estranho eu sei, mas é tão bom... é como se uma velinha se acendesse dentro de mim em tua homenagem.




Gosto muito de ti e estou cheia de saudades!


Uns raios de sol sobrevoaram a minha testa, bem sei que é nas estrelas que as pessoas encontram quem já partiu, mas aqui e agora, enquanto converso contigo e te confessou tudo o que sinto, sei que me ouves, e me aqueces esta face fria, pelo tempo que já passou sem ti e os teus beijos deliciosamente babados.





Obrigada e desculpa, por todas as vezes que errei, tu merecias uma neta perfeita, mas saiu-te esta desastrada...


Amo-te minha avó.
Até já!

Um dia... Quando nos encontrarmos...

(Nesse dia acredita, vou pensar bem antes de te deixar voltar a entrar, é que eu cresci é certo, mas o mundo ruiu quando partiste e, isso não é coisa que eu queira voltar a repetir!)


Para além de tudo isso e de tudo o resto que já disse, vou agradecer-te por duas coisas distintas: pelo namoro e pelo fim dele.


Pelo namoro, porque me fizeste muito feliz, ensinaste-me o que é o amor, o que é amar, o que é cuidar, proteger, ajudar, ouvir, mimar quem se ama, ensinaste-me o quanto eu era bonita e fizeste-me acreditar que era forte e capaz de tudo. Fizeste-me acreditar nos sonhos, no amor perfeito.

Pelo fim, porque percebi que hoje e sempre, mesmo que alguém nos deixe teremos outras mil a ajudar, a dar força, a mimar, e sobretudo porque foi só com ele que eu percebi realmente a força que tinha, a garra, a lutadora que sou!
Que cair é sinónimo de levantar, hoje e sempre e, que isto não era apenas uma ideia filosófica, não, eu conseguia mesmo seguir em frente de cabeça erguida, conseguia cair do pedestal alto e seguro do teu amor, bater de focinheira no chão partir todos os ossos, luxar todas as articulações, ruturar todos os músculos e ligamentos, chorar toda uma vida.
No final de tudo, as lágrimas secarem, deixarem de cair e eu erguer-me!
Firme, segura e com renovada energia!

Hoje sou mais forte do que quando namorávamos e também muito mais confiante em mim! Hoje sei, sou capaz de tudo o que eu quiser! Isto não é apenas uma ideia bonita, isto é como eu me sinto, como eu sou.

Obrigada foram tempos maravilhosos, tanto de namoro, como de reconstrução pessoal.


Não te desejo nada de mal, bem pelo contrário... Sê feliz, tu mereces!


Sinceramente,
Obrigada!

5 de junho de 2016

Feliz dia da criança

Mais um dia, mais uma viagem de comboio, pessoas carrancudas e interessadas no seu umbigo, uns ouviam música, outros trabalhavam no portátil, uns liam, outros jogavam às quintas no Tablet, todos traziam mil ideias na cabeça, triliões de problemas e algumas dúzias de alegrias.
Entrei, sentei-me e comecei a fazer parte desse mundo, eu e os meus fones.



Eis se não quando houvesse um grito, uma birra de uma criança, ela aproximou-se, eles pararam a olhar...
O que aconteceu, eu não sei, não me lembro, não consigo descrever, apenas sei que por momentos esquecemos-mos que éramos estranhos, por momentos a música foi parada, os livros arrumados, o computador posto de lado, o Tablet desligado, por momentos convivemos uns com os outros como se de amigos nos tratássemos.




Uma criança foi o que bastou para meter metade de uma carruagem a interagir, a falar, a sorrir...



Qual era mesmo o seu nome?
Não sei, talvez não lhe tenha perguntado, talvez...
Não consigo deixar de pensar como seria o mundo se estas criaturas não passeassem na rua connosco, se...


Feliz dia da criança, criança!

Nos olhos de uma criança, eu consigo facilmente ver o mundo refletido. Já nos de um adulto... é preciso procurar muito e mesmo assim às vezes não o encontramos...


Já agora não posso deixar de agradecer a todos os profissionais que lidam com esta faixa etária, sejam eles Professores, Psicólogos, Dentistas, Pedagogos, Educadores de infância, Pediatras, ou até os próprios Pais. Acreditem, estão a formar o melhor que o mundo terá daqui a uns anos, por isso dêem o vosso melhor, será certamente recompensado. Eu acredito! Acreditem também!
O mundo é deles!



(Sim, eu sei que já venho uns dias atrasados mas teve de ser.)

A minha verdade...



Vejo estas imagens de um Campos de flores Holandesas e… sinto-me triste… esta tristeza que me invadiu e revoltou, está a destruir-me ou a fortalecer-me, sei lá eu…


 É a isto que a maioria das pessoas assume como “natureza” e “beleza”, mas eu não vejo nada disso. Talvez esteja a ficar velha e por isso os meus conceitos estão a tornar-se mais restritos, ou então talvez seja eu que continuo a ser uma louca, burra e estúpida criatura, afinal tanta gente a pensar uma coisa não pode estar errada!

Quando eu olho para estas imagens eu não penso que isto é o homem a tentar renovar a “natureza”, a tentar fazê-la “bonita”, não. Por e simplesmente são hectares e hectares de terra contaminada com químicos, tóxicos, pessoas em condições miseráveis a trabalhar, dia após dia, noite após noite, para pôr o pão na mesa de quem mais gostam.




Tudo isto para quê?
Para dar a esta estúpida civilização os seus cravos da Revolução do 25 de Abril, ou as rosas às mulheres no dia da mãe, ou os milhares de rosas vermelhas que são comprados por homens para conquistarem o amor das suas vidas?
E a criatura infantil sou eu?
Sou eu quem pensa que são flores que compram amor, ou sou eu quem pensa que são flores que revivem memórias, ou sou eu quem dá dinheiro a quem já o tem em demasia, ou serei eu quem compra o que foi feito por mãos oprimidas?
Oh… pobre de mim, mas mais pobres ainda estas gentes que não sabem o que fazem…



Triste realidade revoltada que minha alma contem, e chora por dentro, por não poder chorar por fora… Quem me dera a mim poder dizê-lo a todo o mundo… dizer-lhes que não sabeis o que dizem, o que fazem… poder dizer-lhes as verdades que eles sabem, e mais temem que sejam ditas em voz alta… Quem me dera a mim ter o poder de me ouvirem, porém eu sei, bem sei até, que por mais força que tenha, por mais alto que grite, a minha voz, será sempre sufocada por quem mais pode, e menos teme…


Por isso choro, em jeito de desabafo, e falo, em jeito de esperança, a este vento que percorre o mundo, terá ele mais força que eu? Não sei… só sei que calada nunca ficarei, e assim como assim, louca sempre serei!



Bem sei que é bom receber flores no dia dos namorados, não o negarei, mas melhor do que isso é saber que elas vieram de um local onde lhes deram tudo o que tinham direito, inclusive o amor, o amor que o nosso beija-flor também nos quer dar. Isso sim, seria perfeito, utópico talvez...