20 de agosto de 2016

Carta de amor - AMOR PRÓPRIO!

Passeio no autocarro em que outrora esperava encontrar-te, mais tarde acabariamos a combinar mesmo isso e, depois, ainda houve a altura em que sonhava com o teu rosto, porém quando o via... escondia-me, o meu estômago roncava um grito mudo e o meu rosto, esse corava com o sangue de todo um corpo frio.

Tenho noção que ainda não estou curada de todo o teu amor, mas essa palavra "amor" está agora no passado, um passado magnífico, diria mesmo de sonho, mas que ao passado pertence.


Vesti a minha melhor roupa, usei um pouco de maquiagem e o perfume que mais gosto, foi o suficiente para sair de casa confiante...

Agora penso com clareza, no quão sortudo tu foste em me ter ao teu lado, eu uma jovem mulher deslumbrante, que sabe ouvir, esperar e respeitar o outro, uma mulher com sonhos, objetivos, mas também com os pés bem assentes no chão de gravilha que lhe queima e adormece os pés, esses mesmos pés que seguem o caminho que ela quer, que ela decide, porque com o espírito indomável é difícil ser outro a decidir o que ela faz.


Fria como a neve, linda como a paisagem...
Eu sou linda.
Eu sou maravilhosa.
Eu tenho um coração de ouro.
Eu sou lutadora.
Eu sou trabalhadora e também voluntária.
Eu sou tudo isto e ainda bem que me reencontrei, naquele mesmo autocarro em que me perdi à tempos...

Julguei não o ser durante muito tempo, mas estava enganada, agora percebo!


Sim, eu tive sorte em te conhecer e em estar contigo, mas acredita tu não tiveste menos sorte! Foi esta a conclusão - mais que óbvia - que eu tirei hoje, já viste, demorou mas cheguei lá. Sempre chego, por vezes, uns minutos atrasada, outras uns meses, mas chego e desta vez não foi exceção.
Não vou ser radical em nenhum aspeto da vida amorosa, nem tudo nem nada, mas deixo um aviso à próxima urtiga que se faça passar por príncipe: eu vou ter os olhos mais abertos. E se voltar a cair garanto "a queda não vai ser tão grande!" e aprendizagem mais rápida.

Já em relação a ti... não haverá cavalo, nem castelo que te valha, porque o meu coração voltou a ser de pedra fria tal como quando me conheceste.
Adeus, até um dia quem sabe em outra paragem de autocarros e felicidades, toma conta de ti, e delas também, ainda têm muito que aprender contigo.
Continua, cresce e sê o grande Homem que eu sempre acreditei e acredito que te tornes.

Goodbye my friend.

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