21 de agosto de 2016

Quando estás feliz os outros vêem? E quando estás triste também?

Bem, mais uma vez vou falar apenas e só da minha experiência, pelo que se não for igual à vossa sintam-se à vontade para partilhar.

Respondendo à pergunta inicial, depende, e à seguinte, depende também.
Esta é a resposta que ninguém nunca gosta, era muito mais fácil dizer sim ou não! Porém, o ser humano é muito complexo, muito mais do que até a minha imaginação possa pensar ou alcançar!

Parece-me que quem nota a felicidade também nota a tristeza e, o oposto também penso ser verdade. A não ser que se trate de um dia em que o outro está com a cabeça na lua, e aí talvez sejamos nós que não vemos o sentimento dele: medo, nervosismo, ansiedade, angústia, frustração, tristeza...


Quem não nota uma coisa nem a outra? Não é nosso amigo, não gosta de nós, não nos liga nenhuma?
Se a evidência da tristeza/alegria for grande, provavelmente vou ter que dizer que sim, que talvez estejamos a contar com a pessoa errada.
No entanto, caso não sejamos assim tão expressivos, então provavelmente também é natural, por um lado, a correria em que todos vivemos o dia-a-dia tornasse difícil reparar em pequenos detalhes, ainda que das pessoas mais importantes, por outro, nem todos são muito atentos, nem todos têm isso na sua própria personalidade, nesse caso talvez a expressão não verbal não chegue, talvez seja preciso uma palavrinha mais diferente do comum para acorda-lo para o nosso sentimento. (Quem diz uma, diz duas, ou uma frase inteira).

Portanto: depende!
Por um lado, depende de nós e o quanto estamos felizes/tristes (se é que é possível quantificar tal coisa!), por outro depende do outro, de como ele está, dos seus próprios problemas e angústias, da sua personalidade (mais ou menos atenta, mais ou menos ligada aos outros) e depois também do tempo a que nos conhecemos!

Dando agora o meu exemplo, sou muito expressiva (demasiado translúcida até) o que torna o trabalho dos outros mais fácil, até desconhecidos. O que às vezes também não me agrada, podia haver coisas que eu quisesse guardar mais para mim, por outro é o que me tem salvo no meio de tudo o que quero resolver e das rotineiras inundações de pensamentos. Vendo de outro ângulo, tenho amigas que são verdadeiras rochas, parece que nada se passa, e só escavando bem fundo é que chegamos lá, o que mais uma vez pode ser bom ou mau.

Assim como a natureza é inexplicável, também o Homem o é,
por mais que queiramos nega-lo, por mais palavras que digamos ou criemos!

No entanto à algo mais em que são parecidos... na beleza do seu próprio ser!
O importante é nunca nos esquecermos que não temos de carregar o mundo às costas, à quem queira partilhar isso connosco!
Por outro lado, nem todos são iguais a nós, nem todos são atentos, nem todos gostam de nós, nem todos querem conversar, nem todos reagem da mesma maneira à mesma situação.

Portanto mais uma vez... lamento imenso, mas... depende!


Não sei se este post foi esclarecedor e importante ou cliché e não passou de conversa fiada.
Caso queiram, convido-vos a dizerem de 0 a 5 o quanto gostaram (0 - sem nada relevante ; 5 - muito importante)

3 comentários:

  1. Estava pensando sobre isso hoje! Tem a seguinte situação também, as pessoas afirmarem que você está triste e você não está! Ou nem notar sua tristeza quando você finge sorrir... Raro são as pessoas que realmente nos conhecem, não é mesmo?! Um beijo!😘

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  2. Estava pensando sobre isso hoje! Tem a seguinte situação também, as pessoas afirmarem que você está triste e você não está! Ou nem notar sua tristeza quando você finge sorrir... Raro são as pessoas que realmente nos conhecem, não é mesmo?! Um beijo!😘

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    Respostas
    1. Sim, de fato é impossível contar as vezes em que isso acaba por acontecer! (Não sei como me pude esquecer dessas situações!)
      As constantes insistências "Mas tu estas bem? Tens a certeza não queres nada?" por vezes podem vir de pessoas que nos conhecem mal e tiram conclusões precipitadas, outras de pessoas que nos conhecem bem demais. Digo isto porque já me aconteceu muitas vezes, a minha mãe é sem dúvida a minha grande confidente e porto de abrigo (um dia escreverei sobre ela, é uma grande mulher) e é capaz de notar que eu não estou bem, e o porquê, sem eu ainda ter percebido nada! Por um lado é assustador, por outro fantástico e magnífico!
      Isso de se sorrir quando se está triste, é uma coisa que eu todos os dias me pergunto porque fazemos, porque não faz sentido, eu faço-o e todos o fazem, mas "para quê?" "porquê?". Obviamente que no trabalho temos de ser profissionais e não ponho de modo nenhum isso em causa, mas diante da família e amigos, não faz sentido, e muito menos sentido faz se estes não o entenderem ou fingirem que não vêem (como tu própria o referes), nesse caso parece que estamos a viver com estranhos.

      Por isso, sim, concordo absolutamente contigo quando dizes "Raro são as pessoas que realmente nos conhecem". Somos todos muito diferentes, temos muitos "lados/partes" diferentes em nós, estamos em constante mudança e, assim como eu sou assim, a outra pessoa também é, pelo que se pensarmos mesmo que a cada milissegundo acontece uma coisa que nos muda uma milésima, chega a ser surpreendente como é que até existe quem nos consiga conhecer, às vezes tão bem!

      Beijo enorme! (Acabei por me alongar, mas é mesmo isso!)

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