27 de maio de 2016

Amizade que... acabou?


Ao que parece hoje tentaste ligar para uma de nós… dizem que deixaste tocar muito tempo, pelo que não deve ter sido engano… Porque não foi para mim? Eu teria atendido, ou ligado, ou enviado uma mensagem de volta. Porquê? Sabes as saudades que sinto tuas? As lágrimas que engulo de cada vez que vejo o teu irmão, que vejo uma campanha de sensibilização ao não abandono de gatos, que oiço as músicas do teu cantor preferido (que não são assim tão poucas quanto isso, ou não fosse ele também um dos meus cantores de eleição), que vejo o nome da tua escritora preferida (escrito nos livros, na televisão, na biblioteca, no computador), que simplesmente… me lembro de ti?

Sinto tanto a tua falta… Deparo-me com cada problema na minha vida e, só consigo pensar em como seria se te tivesse a meu lado! Eu sei que não irias decidir por mim, mas podias amparar-me como costumavas fazer. Lembras-te quando nasceu o ******? Os meus medos e temores? Tu ajudaste-me a afasta-los e fizeste-me rir assim como, de resto, sempre fizeste. Só agora é que não…

Sabes o que eu dava para poder ouvir a tua voz ou poder abraçar-te? Às vezes tento saber mais de ti pela tua irmã, mas o que é isso? Nem sei se é verdadeiro, nem é sequer significativo o suficiente, nada perante a minha permanente insatisfação! 
Penso e repenso: o que é que eu fiz para não ter merecido nada da tua parte? Nenhuma visita, nenhum telefonema, nem mesmo uma mensagem… A última mensagem que trocamos foi de Natal ou talvez de aniversário, não sei bem… mas quer tenha sido num caso como no outro já foi há mais de 5 meses.


Sabes, às vezes, tenho vontade de ler livros da tua escritora preferida, ouvir aquela música que era nossa, ir ao teu face, tudo sabes porquê? Para me sentir mais perto de ti, para sentir que ainda estas aqui, que nunca foste embora. Eu fazia tudo para que essa sensação fosse verdadeira…
Será que tu também contas os meses desde que já não falamos?
Será que tu também te lembras todos os meses do dia dos meus anos? É que eu lembro, e de cada vez que percebo que é o teu dia assalta-me uma angústia e tristeza… (que são incapazes de pôr em palavras – pelo menos por mim)
Será que tu também sentes a minha falta?
Será que as tuas amigas são melhores do que eu? É isso? (Então invejo-as por te terem.)
Sabes, há umas bolachas novas que eu ADORO! Tu também irias gostar. (Ou então talvez eu já não conheça os teus gostos.)


Ainda pensas em mim como tua amiga? Eu penso, sabes, sempre fui muito parva e teimosa em aceitar o que está mesmo à frente dos meus olhos. Seria simples para qualquer outra pessoa: Conhece uma pessoa, tornam-se amigas, depois separam-se, não há mais telefonemas, acaba a amizade, fim! É assim que pensas?
Qualquer outra pessoa pensaria que sim. Porém, infelizmente, para mim as coisas nunca são preto no branco, tendo sempre a complica-las… antigamente tu costumavas descomplica-las…

Enfim… nem sei mais que te diga… que escreva… o mais provável é nós nem nunca mais nos encontrarmos e, assim sendo, tu nunca ficarás a saber de nada...

O que o tempo não apaga, a gente finge que esquece. (O problema é quando a mente extravasa de pensamentos, saudades, medos, tristezas…)


Amiga… tenho saudades tuas…


(Este texto foi escrito à 2 anos, mas não consegui deixar de o partilhar! De notar ainda que não alterei nada, apenas tirei informações pessoais. Continuo a ter saudades tuas, mas agora já estou mais... "conformada"?)

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