Porque o sol ontem voltou a brilhar, e foi só aí que eu percebi. |
Não, não vai haver um dia em que eu acorde e já não me lembre de ti,
não vai haver um dia em que eu percebo que já não sinto nada, não, porque não é
um momento único... É um tempo, um tempo de reconstrução, de levantar e sarar
as feridas, um tempo de altos e baixos, que caminham para a cicatrização de um
coração partido.
Esse tempo começou quando me deixaste, mas só agora começo a ter a cicatriz, que me vai curar, não de ti, mas das marcas que me deixaste. Estou a reaprender a viver, a minha vida e deixar a nossa, que já não existe mais... Sim, não é fácil (nada fácil), as nossas memórias perseguem-me a toda a hora, mas ouvi dizer que o que não nos mata, fortalece, e estou a começar a sentir essa força!
Quero senti-la.
Quero seguir caminho.
O teu amor deu-me uma força, o teu pedido de tempo desmoronou o meu mundo, o meu castelo de fadas onde vivia, mas estou agora a reconstruí-lo, tijolo por tijolo, massa por massa, tudo, não como era antes, mas como eu quero que seja agora, com tudo o que aprendi, tanto com os momentos em que estivemos juntos, como com os que já estivemos separados.
Vou seguir em frente, viver a minha vida, como sempre vivi, a fazer questão de não dar nenhum dia por perdido, de dar tudo em cada um, e se um dia os nossos caminhos se voltarem a cruzar então nesse dia eu preocupo-me contigo, com o nós. Mas se nas curvas da vida encontrar outro alguém, então vou deixa-lo entrar e desejar as maiores felicidades a esse novo nós, e se nada disso acontecer então que seja feliz ainda assim, afinal nem todos têm de seguir o comum ciclo da sociedade (só vou ter pena do meu querido vestido branco, da igreja, das flores... mas enfim... que todo o mal do mundo fosse esse).
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Não vou
dizer que foste o meu primeiro grande amor, mas também não vou dizer que és o
homem da minha vida, o tempo encarregar-se-à de me mostrar o que és, ou foste!
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Sejamos felizes então, juntos ou separados, tal como o fomos à um tempo atrás.
Beijinhos,
Fiona
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